sexta-feira, 1 de agosto de 2014

III Colóquio de Teoria Crítica e Educação e V Congresso Sudeste

Olá pessoal, gostaria de convidá-los a participar do III Colóquio Teoria Crítica e Educação que acontecerá nos dias 25 a 29 de agosto de 2014. Além disso, lembrem-se que o prazo para envio de trabalhos ao V Congresso Sudeste do CBCE se encerra no dia 15/08 e qualquer um que tenha interesse em avançar no trabalho realizado sobre o "Diagnóstico das Práticas Corporais" pode produzir um belo relato de experiência.
No mais, desejo a todos um merecido descanso nestas curtas férias.
Abs
Márcio

http://cinemacomvida.blogspot.com.br/


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Carlos Diego Rodrigues (200920517) - "Direito a Preguiça"

O Direito à preguiça, de Paul Lafargue.
Paul Lafargue foi um jornalista socialista, nascido em Cuba, morou maior parte de sua vida na França onde escreveu seu mais conhecido livro o “O Direito a Preguica”, publicado no jornal socialista L'Égalité, Lafargue suicidou-se com Laura Marx, no dia 26 de novembro de 1911, deixando num papel a seguinte explicação: "Estando são de corpo e espírito, deixo a vida antes que a velhice imperdoável me arrebate, um após outro, os prazeres e as alegrias da existência e que me despoje também das forças físicas e intelectuais; antes que paralise a minha energia, que quebre a minha vontade e que me converta numa carga para mim e para os demais. Há anos que prometi a mim mesmo não ultrapassar os setenta; por isso, escolho este momento para me despedir da vida, preparando para a execução da minha decisão uma injeção hipodérmica com ácido cianídrico. Morro com a alegria suprema de ter a certeza que, num futuro próximo, triunfará a causa pela qual lutei, durante 45 anos. Viva o comunismo! Viva o socialismo internacional!".
Em sua obra Lafargue descreve países como Espanha e Grécia que tinham desprezo pelo trabalho, na Espanha o provérbio diz: Descansar é saúde, na Grecia somente aos escravos era permitido trabalhar, o homem livre só conhecia os exercícios físicos e os jogos da inteligência, Lafargue cita também o Evangelho segundo São Matheus, capítulo VI, pregado por Cristo na montanha que diz: Contemplai o crescimento dos lírios dos campos, eles não trabalham nem fiam e, todavia, digo-vos, Salomão, em toda sua glória, não se vestiu maior brilho.
No capítulo seguinte, o autor critica o atual momento em que vive, onde a supervalorização da moeda e o intento de empresários em tornarem-se uma potência capital, moviam o mundo. Com a ajuda da religião os burgueses detinham o controle sobre o capital, assim como o domínio sobre trabalho e a força bruta dos operários, barganhando a troco de pão por seu suor. Para Lafargue a igreja era uma das principais responsáveis por isso, com sacerdotes, que estimulavam e cegavam os homens em busca de um prazer ilusório, creditado no trabalho, que defendiam grandes cargas horárias de trabalho, pois, quanto mais tempo as pessoas trabalhavam menos tempo tinham para pecar, para o autor era o contrário, quanto mais tempo gasto no trabalho menos defendemos nossos direitos e aproveitamos as vida.
 Cargas horárias de trabalho não apenas para os homens, mas para também mulheres e crianças, que em alguns lugares chegavam a 16 horas, que tinham como consequência o adoecimento e a morte dos trabalhadores, cada vez mais cedo. Muito parecido com a escravidão porque ganhavam apenas o suficiente para comer, em alguns casos nem isso ganhavam, e não tinham dinheiro para comprar nem o que eles mesmos produziam, sendo os burgueses os únicos consumidores.
Como o número de compradores era menor que o material produzido, os armazéns ficaram superlotados, a burguesia se torna superconsumidora dos produtos que ela mesmo manufatura.
Em seu capítulo final Lafargue defende uma carga horária de no máximo 3 horas de trabalho, e que crianças nunca trabalhem, pois devem ter o direto de serem crianças, uma sociedade onde os homens não vivam em função do capital, mas sim em viver a vida. Uma carga horária enorme não significa que o desempenho será maior, pois os trabalhadores ficam cansados, em alguns lugares onde os trabalhadores trabalhavam em torno de 11 horas a produção era superior do que quando trabalhavam 16.
Outro texto que ajuda a entender a situação descrita a cima é Manifesto do Partido Comunista, publicado pela primeira vez em 21 de Fevereiro de 1848, escrito por Karl Marx e Friedrich Engels. Nessa obra os autores fazem uma dura crítica ao modo de produção capitalista e na forma como a sociedade se estruturou através desse processo de produção.

O mundo sempre foi dividido em classes, uma dominadora e outra de dominados, por exemplo:
Na Roma Antiga temos patrícios, guerreiros, plebeus, escravos; na idade Idade Média, senhores feudais, vassalos, mestres, companheiros, aprendizes, servos. E na burguesia não foi diferente, apenas mudaram os nomes das classes e criaram novas condições de opressão.
No capítulo seguinte são abordadas as relações entre o partido comunista e os proletários. O partido tem alguns objetivos em comum com outros partidos e movimentos, como o desejo pela queda da superioridade do poder da burguesia, e conseqüentemente a passagem do poder político ao proletariado.

Ressaltando que o comunismo não é contra a propriedade geral, mas sim da propriedade burguesa. Para tornar a sociedade segundo os moldes dos comunistas são listadas medidas para a aplicação do comunismo na sociedade. A exclusividade entre os proletários conscientes, portanto comunistas, segundo Marx e Engels, é de que visam a abolição da propriedade privada, são portanto vistos como revolucionários, o comunismo defendido por eles também não priva o poder de apropriação dos produtos sociais. Com o desenvolvimento do socialismo, a divisão em classes sociais desapareceria e o poder público perderia seu caráter opressor, enfim seria instaurada uma sociedade comunista.

No terceiro capítulo é criticado três tipos de socialismo: O socialismo reacionário, que seria uma forma de a elite conquistar a simpatia do povo; O socialismo conservador, com seu caráter reformador e antirrevolucionário; e o socialismo utópico, que apesar de fazer uma análise crítica da situação operária não se apóia em luta política, tornando a sociedade comunista inatingível.

O ultimo capítulo conclui que os comunistas lutam para alcançar os fins e interesses imediatos da classe operária fazendo um apanhado geral das principais idéias do manifesto, dando um grande destaque ao apelo pela união do proletariado, e declarando que os fins só podem ser alcançados pelo derrube violento de toda ordem social. Podem as classes dominantes tremer ante uma revolução comunista! Nela os proletários nada têm a perder a não ser as suas cadeias. PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!

“Direito a Preguiça” – Link para leitura da obra:
“Manifesto do Partido comunista”- Link para leitura da obra:
“Manifesto do Partido comunista”- Obra em forma de quadrinhos: