segunda-feira, 30 de maio de 2011

Grécia Antiga

As cidades-estado

A Grécia antiga não era um país, mas uma série de cidades-estado autogovernadas. De fato, no nosso mundo moderno ‘política’ vem de ‘polis’, a palavra grega para cidade-estado. Florescendo na Era Arcaica (800 a.C. – 300 a.C.), elas foram fundadas nos princípios da cidadania; com diferentes direitos e privilégios para os homens cidadãos, mulheres cidadãs, suas crianças, moradores estrangeiros e escravos. Todos os homens cidadãos, sem importar se forem pobres, tinham direitos políticos.

Três das principais cidades-estado mais importantes foram Atenas, Esparta e Corinto. A mais avançada era Atenas, o lugar do nascimento da cultura e a democracia, local famoso no mundo antigo pela sua beleza geográfica.

Esparta, no Peloponeso, ao Sul da Grécia, era o arqui-rival de Atenas. Esparta possuía uma temível potência militar com a melhor infantaria do mundo grego – não era de se estranhar, pois todos os meninos espartanos eram retirados das mães dos sete aos treze anos de idade para realizar o pesado treinamento militar. Os espartanos trocaram a cultura e a beleza por uma ‘espartana’ de simplicidade e resistência.

Corinto construiu a sua riqueza com manufaturas e comércio marítimo. Era bem conhecida no mundo antigo como um centro de luxo e lugar de entretenimento dos ricos, que vinham em grandes quantidades procurando as prostitutas sagradas do Templo de Afrodite.


Governo

Antes do nascimento da democracia, a maioria das cidades-estado era governada por aristocracias, o que em grego significa ‘governo pelos melhores’. O poder era compartilhado por um pequeno grupo de homens de famílias nobres.

Mas aproximadamente em 600 a.C, surgiu a classe média. O comércio lhes trouxe riqueza e os progressos militares lhes trouxeram fortaleza – eles queriam uni-los ao poder. Em algumas cidades, incluindo Corinto, eles se revoltaram e derrubaram a aristocracia em favor de ditadores que ficaram conhecidos como Os Tiranos. Nos outros lugares, mudanças mais pacíficas foram realizadas, na medida em que as aristocracias admitiam a classe média dentro dos conselhos do governo. Isto ficou conhecido como Oligarquias ou ‘governo de poucos’. A mais fervente destas oligarquias foi a de Esparta.

O povo de Atenas tinha uma idéia diferente, mesmo assim, no final dos anos 500 a.C, a primeira democracia – ou ‘governo do povo’ – foi criada. A influência desta revolução foi sentida no mundo antigo e permanece até hoje. Sem um líder único, uma assembléia pública de homens cidadãos se encontrava 40 vezes por ano para votar nas decisões do Estado. A agenda era programada e decretos executados por um poderoso conselho de 500. As pessoas eram selecionadas em grupos, apenas trabalhava um grupo por ano.


Zeus e Herois

O poderoso Zeus foi o rei de todos os deuses gregos e o administrador da justiça divina. Chefe dos céus (seus irmãos Poseidon e Hades mandavam no mar e no mundo das trevas, respectivamente.) Ele carregava um raio para demonstrar seu poder e associação com o tempo. Zeus viveu sempre nas montanhas do Monte Olimpo, de onde ele observava – e com freqüência participava – das vidas dos homens que viviam abaixo. De barba, forte e vigoroso, Zeus teve muitos filhos com a sua esposa, a deusa Hera, e com as suas aventuras amorosas com mulheres mortais. Nem todas as mulheres se relacionavam por vontade própria, pois sabiam que elas e seus filhos tinham que suportar os atos de violência causados pela vingativa e ciumenta Hera.



Atena

A deusa virgem Atena foi a protetora de Atenas, onde era adorada no Partenon. Como deusa da sabedoria, seus conselhos ajudaram os heróis gregos Heráclito, Odisseu e Perseu a vencerem suas provas. Ela também foi a Deusa da guerra, mas diferente do temível Ares, que representava a loucura e a destruição, Atena incorporou seus aspectos mais intelectuais – estratégia, disciplina e defesa. Em lugar de ter nascido, ela explodiu da cabeça dolorida de seu pai Zeus, já adulta e vestida para a batalha, após ele engolir sua mãe Métis grávida. Mas ela também demonstrava um lado mais delicado como deusa do trabalho manual e inventora do torno e da tecelagem.


Teseu

Teseu foi um renomado guerreiro e herói ateniense, mais conhecido por matar o Minotauro, um ser feroz metade homem e metade touro, que viveu abaixo do palácio do Rei Minos em Knossos. Teseu se escondeu em um grupo de jovens atenienses que seriam sacrificados pela besta. Mas ele conseguiu matá-la corajosamente ao encontrar a saída do labirinto seguindo a linha dada a ele pela filha de Minos, Ariadne. Infelizmente, ele esqueceu de colocar uma vela branca na sua volta de barco à Atenas, como tinha prometido ao seu pai, o Rei Egeu. Vendo uma vela preta e assumindo então que Teseu estava morto, Egeu se lançou do penhasco, dando o seu nome ao mar Egeu.


Perseus

Perseu significa ‘destruidor’ e foi um herói mítico e filho de Zeus que viveu para fazer valer o seu nome. O Rei Polydectes, o indesejado raptor de sua mãe, o enviou numa missão, aparentemente mortal, para caçar a cabeça de Medusa, a mais temível das três irmãs Gorgon, que podia transformar os homens em pedra com o seu olhar. Mas usando um chapéu de invisibilidade e sapatos voadores alados, Perseu chegou perto de Medusa usando somente o reflexo dela na sua proteção. Depois, cortou a cabeça dela e a colocou numa sacola. Ele voltou para casa para resgatar sua mãe, usando a cabeça para transformar Polydectes e todos os seus seguidores em pedra.


Guerras


As Guerra de Tróia

A história da Guerra de Tróia é uma das lendas gregas mais famosas. Quando o príncipe troiano Paris seqüestrou Helena, a linda esposa de Menelau, este recrutou os gregos, liderados pelo Rei Agamenon de Micenae, para poder recuperar sua esposa. O cerco sangrento durou dez anos e ocasionou a morte de muitos heróis gregos, incluindo Hector e Aquiles.

A guerra foi finalmente ganha graças a brilhante tática de Odisseu. Seguindo ordens, os gregos abandonaram o local em barcos, como se tivessem sido derrotados, deixando para trás um enorme cavalo de madeira. Pensando que o cavalo era uma oferenda para os deuses, os troianos o colocaram dentro da cidade. Mas, ao anoitecer, uma equipe de guerreiros gregos saiu do interior do cavalo e abriu as portas da cidade para o exército grego que tinha voltado. Tróia foi saqueada e totalmente queimada.

O mito se transformou em verdade quando o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann descobriu a real cidade de Tróia – que tinha sido queimada de fato em 1220 a.C. Agora é aceito que a guerra de Tróia realmente aconteceu, apesar de que é mais provável que a luta tenha sido ocasionada por rotas de comércio e não por amor.


As Guerras Persas

Na antiguidade, a maior ameaça ao mundo grego foi a Pérsia, um poderoso império com desejo de expansão. Mas durante as guerras Persas de 490 a 480 a.C, o equilíbrio do poder mudou inesperadamente: numa série de desafiantes campanhas em Marathon, Thermopilae e Salamis, os gregos se defenderam dos invasores com sucesso.

O significado da vitória era grande. Antes disto, os gregos era uma série de cidades-estado independentes – muitas vezes rivais – com nenhum sentimento de unidade nacional. Depois da Guerra, eles começaram a reconhecer suas semelhanças culturais. Eles se identificaram orgulhosamente como ‘gregos’ e desenvolveram um sentimento de confiança que resultou em grandes acontecimentos culturais nos séculos III e IV a.C, principalmente em Atenas. Se os persas tivessem ganhado, o antigo legado de democracia grega, a arte e o drama, que tem influenciado o mundo moderno tão profundamente, poderia nunca ter sido criado.


Educação
Este exemplo das primeiras cerâmicas gregas mostra uma garota aprendendo a ler na escola.

Apesar da escola não ser um requisito obrigatório na Grécia Antiga, cenas pintadas em vasos de 500 a.C. nos dizem que o estudo era bem difundido.

Os meninos começavam a sua educação aos sete anos. Os mais pobres ficavam na escola de três a quatro anos para aprender o ensino básico, e os alunos mais ricos dez anos. Até mesmo algumas meninas eram formalmente educadas no mundo grego, mas diferentes dos meninos e em escolas separadas.

Os alunos aprendiam com três tipos de professores: os grammatistes, que ensinavam a leitura, a escrita, a aritmética e a literatura; os paidotribes que treinavam a luta, boxe e ginástica; e os kitharistes que ensinavam música, principalmente canto e lira.

Aos 18 anos, os garotos eram obrigados a fazer dois anos de treinamento militar e depois voltavam à escola para receber uma educação mais sofisticada e se prepararem para a vida pública. Um dos primeiros lugares de educação superior foi a Academia, uma escola de filosofia fundada por Platão, em 385 a.C. Aristóteles fazia funcionar um estabelecimento semelhante chamado Liceu, onde o currículo era mais amplo. Estas escolas proporcionaram o modelo para as universidades atuais.






Filosofía
Busto grego clássico do filósofo Platão.

Alguns dos grandes pensadores do mundo antigo surgiram na Grécia, principalmente em Atenas. A Filosofia ou “amor à sabedoria” era a forma deles buscarem a verdade e a realidade no mundo, sem se apoiarem nas respostas dadas pela religião ou o mito.

Sócrates (469-399 a.C.) foi um dos pensadores mais influentes do mundo ocidental. Seu trabalho se centrou no estudo da ética e da moral. Sócrates acreditava que a felicidade dependia de levar uma vida baseada na moral e que ela podia ser ensinada. Ele ainda pensou que se a virtude é conhecimento, então a maldade é ignorância, e por isso não é intencional.

Sua obra causou um efeito profundo no seu aluno Platão (427-347 a.C.), que estudou a questão da ética com mais profundidade posteriormente. Em sua obra prima: “A República” (385-370 a.C.), Platão questiona o conceito de justiça e descreve o seu governo ideal.

A maior contribuição feita por Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão, foi a de ser o primeiro filósofo que verdadeiramente separou a filosofia da ciência. Ele inventou o primeiro sistema de lógica, estabeleceu as ciências da biologia e zoologia, fundou a sua própria universidade e esteve entre os primeiros cientistas políticos. Como pensador, as contribuições de Aristóteles foram únicas e sem paralelos até o século XIX.



Os jogos olímpicos
As origens

Apesar de associarmos as olimpíadas com o esporte, os jogos olímpicos da Grécia Antiga eram principalmente um festival religioso para honrar Zeus. Segundo a lenda, os jogos foram fundados por Hércules, que plantou uma oliveira de onde eram feitos os ramos dos ganhadores.

Os primeiros jogos olímpicos foram realizados em 776 a.C com apenas um evento – uma corrida a pé de aproximadamente 200 metros chamada Stadion, que deu origem a palavra ‘estádio’. Os jogos eram realizados a cada quatro anos e o período de tempo entre os jogos ficou conhecido como Olimpíada.

Os gregos levaram os jogos tão a sério que uma trégua era declarada e estritamente respeitada durante cada jogo olímpico. Inclusive durante a Guerra do Peloponeso, os inimigos se misturaram e competiam lado a lado durante o evento. A trégua foi quebrada apenas uma vez por Esparta, que levou uma punição e foi banido dos jogos desde 420 a.C.



Video Paródia do Mito de Teseu e o minotauro


http://www.youtube.com/watch?v=VNlCX0VjHS0

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